UM BAIANO NA CASA BRANCA: Segurança de Trump é fuzileiro nascido no sertão da Bahia


fuzileiro

“O povo vai governar esta nação novamente”, disse Donald Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos, em sua cerimônia de posse, no dia 20 de janeiro deste ano, em Washington. Na ocasião, o republicano reiterou pontos defendidos em sua campanha marcada por um discurso nacionalista e de restrição aos imigrantes. Chegou a enfatizar que busca “devolver a América aos americanos”.

Curiosamente, durante o discurso ufanista e patriótico de Trump, um latino-americano cuidava da segurança da maior figura pública mundial. O baiano Alex Barros, 40 anos, fuzileiro naval nascido no interior da Bahia é um dos responsáveis pela guarda da Casa Branca nos primeiros meses da administração do novo inquilino presidencial.

Nascido em Feira de Santana, Alex passou a infância e parte da adolescência na cidade de Jequié, no sertão baiano (a 365 km da capital, Salvador). Saiu de lá aos 16 e foi viver nos EUA, após divórcio da mãe e desejo da família de recomeçar uma nova vida como imigrante.

Franzino e inofensivo, quando deixou o sertão, estava longe de se tornar um soldado — ainda mais um soldado americano. Os fuzileiros navais, nos Estados Unidos, são conhecidos como Marines. Os treinamentos para integrar a fileira da escolta duram inicialmente seis meses (isto apenas de ensinamentos básicos, até evoluir para uma especialidade). A marinha americana conta com mais de 200 mil fuzileiros navais na ativa e outros 40 mil na reserva. Formam o maior corpo armado naval do mundo e, no lema, carregam uma obstinação cega às ordens presidenciais.