Depois de o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego ter apresentado um saldo de empregos no mês de junho 29,5% maior que no mesmo período do ano passado, nesta quarta-feira (31) foi a vez de o IBGE apresentar outros bons resultados no mercado de trabalho brasileiro em 2024. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desocupação caiu de 7,9% para 6,9% no trimestre encerrado em junho deste ano.
Segundo os dados apresentados pelo IBGE, o resultado verificado nos meses de abril, maio e junho deste ano representam a menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014. No ano passado, neste mesmo período, a taxa de desocupação estava em 8%. Já em abril-meio-junho de 2022, o indicador revelava uma taxa de 9,3%.
O resultado da PNAD Contínua do IBGE neste segundo trimestre de 2024 também se colocou abaixo da metade da maior taxa da série histórica do indicador, de 14,9%. Este patamar foi observado no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de Covid19.
Os números divulgados nesta quarta revelam que a população ocupada no Brasil atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões. O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.
Como já havia sido verificado em levantamentos anteriores, o número de empregados do setor privado (52,2 milhões) foi recorde, impulsionado pelos excelentes resultados nos contingentes de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões). Já a população fora da força de trabalho não teve variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.
No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Como consequência, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.
A população desalentada, recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho de 2024. Foi o seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), com quedas de 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. Com isso, o percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%).
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