O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de cotas em empreendimentos imobiliários no valor total de R$ 12,7 milhões pertencentes ao ex-ministro Geddel Vieira Lima; ao irmão dele, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), e a Marluce Quadros Vieira Lima, mãe dos dois. A decisão atende a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo a procuradora, as cotas pertencentes à família, em sete edifícios em construção na cidade de Salvador, foram adquiridas para lavar dinheiro ilícito. O pedido foi feito dentro da denúncia apresentada pela PGR nesta semana contra Geddel, Lúcio e outras quatro pessoas. A denúncia está relacionada à apreensão, pela Polícia Federal, de R$ 51 milhões em dinheiro vivo atribuídos a Geddel, encontrados em malas em um apartamento em Salvador. Dodge quer ainda que os irmãos paguem indenização de R$ 51 milhões por danos morais coletivos.
Para a PGR, o dinheiro encontrado tem como origem propinas da construtora Odebrecht; repasses do doleiro Lúcio Funaro de suborno em órgãos públicos; além desvios de políticos do PMDB. Os procuradores também avaliam se uma parcela dos R$ 51 milhões corresponde à parte dos salários de assessores que, segundo a PF, eram devolvidos aos Vieira Lima.
Por causa dessa última suspeita, Fachin também autorizou a abertura de um novo inquérito para aprofundar as investigações por suposta prática de peculato (desvio de dinheiro público). Um dos ex-assessores de Lúcio Vieira Lima, Job Ribeiro Brandão, disse em depoimento que repassava até 80% do salário de secretário parlamentar ao deputado.
Imóveis que receberam investimento dos Vieira Lima:
- Mansão Riviera Ipiranga
- Costa España
- Mansão Solar Ipiranga
- Morro Ipiranga 03
- Garibaldi Tower
- Mansão Grazia
- La Vue Ladeira da Barra
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