SANTA ROSA, Califórnia — Alimentados pelos fortes ventos, os incêndios florestais continuam nesta terça-feira a devastar a Califórnia, deixando ao menos 15 mortos e mais de duas mil casas destruídas. As chamas, que começaram no domingo à noite, provocaram pânico nas regiões de Napa, Sonoma e Mendocino. Segundo os bombeiros da Califórnia, mais de 20 mil pessoas precisaram deixar suas casas e ao menos 40 mil hectares foram atingidos pelas chamas em todo estado. O governador da Califórnia, Jerry Brown, decretou estado de emergência para oito condados e pediu ao presidente Donald Trump que declare estado de desastre maior. O decreto ordena a todas as agências do estado e à Guarda Nacional que colaborem no combate dos 18 grandes incêndios. Na carta a Trump, o governador explicou que os incêndios crescem rápido e sem controle. “Achamos que a destruição aumentará, impactando tanto residências como infraestrutura pública”, diz a mensagem. “Determinei que este incidente é de tal gravidade que a resposta efetiva vai além das capacidades do estado e dos governos locais afetados, e a assistência federal é necessária”. Os bombeiros esperavam nesta terça-feira uma redução na velocidade dos ventos para iniciar as operações de combate aos incêndios. Muitos vinhedos foram destruídos ou afetados, segundo a imprensa, entre eles o famoso Stag’s Leap Wine Cellars, que adquiriu fama mundial em 1976 ao superar grandes vinhos franceses em uma competição. — Neste momento, ainda estamos avaliando os danos específicos aos vinhedos do condado de Sonoma e às nossas comunidades e moradores — declarou à imprensa local Karissa Kruse, presidente da associação de produtores de vinho de Sonoma.
Cinco em cada dez brasileiros com 50 anos ou mais afirmam já ter passado fome ao menos uma vez na vida. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Locomotiva, em São Paulo, durante a apresentação do projeto Longeratividade, que vai publicar anualmente um retrato dessa faixa etária da população. A pesquisa ouviu presencialmente 1.650 pessoas, espalhadas por 70 cidades brasileiras, entre os dias 21 e 29 de agosto.
Segundo o presidente do instituto, o especialista em economia popular Renato Meirelles, esses números justificam o fato de pessoas com mais de 50 anos se considerarem mais “inovadoras” e “criativas” na hora de economizar e gastar, na comparação com quem tem até 35 anos.
— Quando você já passou fome, quando faltou dinheiro para a comida, você aprende a se virar. Ser inovador é quase uma característica necessária para sobreviver. Carlos Alberto Júlio, sócio e chefe de estratégia do instituto, diz que o dado causou espanto e revela uma característica desse grupo de brasileiros.
— Quem passou fome lá atrás luta pela abundância. Ele não luta pela suficiência. Talvez se ele conseguisse pensar no quanto é suficiente para viver, ele pouparia menos e investiria mais nos hábitos de vida dele, viagens e etc.
De acordo com Júlio, que também é professor da FIA/USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo), existe uma “lembrança corporal e até espiritual” em quem passou por essa necessidade.
— Então, quando essa pessoa pensa na abundância, a coisa caminha mais para produtos financeiros e imóveis do que para estilo de vida.