BRASÍLIA — A flexibilização de pontos da reforma da Previdênciaadmitida nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro pode fazer com que a economia gerada pela medida na próxima década seja R$ 30 bilhões abaixo da prevista pela proposta original. Esse impacto fiscal, no entanto, é o menor dos problemas na fala do presidente — já que a redução representa apenas 3% do R$ 1 trilhão que o governo poderá poupar caso o texto seja aprovado.
A principal questão é que esse recuo precoce, na visão de analistas e parlamentares, abre espaço para que o projeto seja mais desidratado no Congresso, pois sinaliza para grupos de pressão que mais concessões são possíveis.Durante um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro afirmou que aidade mínima de aposentadoria para mulheres, fixada em 62 anos na proposta de emenda à Constituição (PEC) encaminhada por ele ao Congresso, poderia ser de 60 anos. Também disse que as regras para o benefício de prestação continuada (BPC), pago a idosos carentes, poderiam ser menos duras que as previstas no projeto. (mais…)