Operação Corpus Christi: PRF registra queda em número de mortes nas estradas baianas


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Terminou neste final de semana Operação Corpus Christi 2017 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante o feriadão entre os dias 14 e 18 de junho. Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (19), foi registrada uma redução acentuada no número de mortes nas rodovias federais baianas na comparação com o feriado do ano passado. O resultado preliminar deste ano indica que foram nove óbitos no período, contra 21 nos cinco dias do ano passado, entre 25/05 e 29/05. Indicadores como total de acidentes, acidentes graves e pessoas feridas seguiram a tendência de diminuição observada no quesito óbitos. No período, segundo a PRF, foram 80 ocorrências contabilizadas, sendo 18 consideradas graves. No ano passado, foram 93 registros, com 27 graves. No quesito pessoas feridas, houve também uma leve redução, saindo de 88 para 84.

Ainda segundo o relatório, a PRF aumentou a fiscalização promovida no feriado de Corpus Christi. Ao todo, foram fiscalizados 7.828 veículos, 3.046 condutores submetidos ao teste do etilômetro e 70 horas de operação com radares portáteis dispostos ao longo do trecho. A consequência do aumento na fiscalização foi, além da redução das ocorrências, o crescimento na quantidade de condutores flagrados cometendo infrações.

Três das condutas mais nocivas no trânsito apontadas pela polícia rodoviária — consumo de álcool, excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas — foram flagradas com mais frequência este ano. 45 motoristas submetidos ao teste do bafômetro tinham bebido antes de dirigir e foram autuados, sendo que dois deles tinham concentração de álcool no sangue que configura, além da infração de trânsito, crime, sendo levados para a delegacia por esse motivo. No ano passado, foram 28 notificações e três prisões por embriaguez.

O excesso de velocidade também foi um comportamento mais verificado em 2017 do que no ano anterior. Enquanto em 2016 foram extraídas 747 notificações, agora foram 2088 veículos flagrados transitando com velocidade superior à máxima permitida para a via. Esse número não considera as infrações capturadas nos radares fixos dispostos ao longo das BRs 324 e 116, apenas aquelas flagradas pelos radares portáteis operados por policiais em pontos variáveis.Já as ultrapassagens proibidas, sejam elas pelo acostamento, em faixa contínua ou de maneira forçada, saltaram de 608 para 736.

Das nove mortes, quatro aconteceram em acidentes do tipo colisão frontal, que são aquelas causadas, na maioria dos casos, por ultrapassagens proibidas. Outros dois óbitos ocorreram em saídas de pistas, um por colisão com objeto fixo, um por colisão transversal e outro por atropelamento de pedestre.

Dois tipos de infrações destoaram da tendência de aumento da imprudência, foram elas a quantidade de ocupantes flagrados sem cinto de segurança e de motociclistas sem capacete. A notificação de não uso do cinto caiu de 275 para 187, enquanto a ausência de capacete, que no ano passado foi flagrada 32 vezes, neste ano foi registrada 14 vezes.