Em meio à dor vivida após a queda do avião da Chapecoense, o garoto Johan Ramírez se transformou em um dos principais símbolos da solidariedade oferecida pelos colombianos. Morador de La Unión, o jovem de 15 anos ganhou o apelido de “menino anjo”: ele guiou as equipes de busca até o local do acidente, em uma região de difícil acesso. A ajuda do garoto evitou que as perdas fossem maiores, com o resgate que ainda conseguiu salvar seis vidas. E a gratidão ao rapaz se concretizou neste domingo. Ramírez ganhou uma casa nova para viver com sua família,.
Além de estudar, o jovem trabalha com o pai, agricultor. E o barraco em que viviam foi substituído por uma casa completamente nova, com auxílio de uma organização colombiana, a Fundação Compasión. “Nunca imaginei que, por meio de uma tragédia, a minha vida ia mudar tanto.
Nós não fizemos este favor por um objetivo material. Somente fizemos porque veio do coração e, por coisas de Deus, saímos beneficiados. Daríamos tudo o que temos para que as 71 vítimas estivessem vivas”, declarou, em entrevista ao jornal El Espectador.
Na próxima semana, Johan Ramírez cumprirá outro sonho. O garoto viajará à Espanha, onde conhecerá os jogadores do Real Madrid, em oportunidade proporcionada pela fundação do clube. Espera conversar com seu compatriota, James Rodríguez, assim como os ídolos Cristiano Ronaldo e Zinedine Zidane. Na sua lista de desejos, também quer se encontrar com Alan Ruschel. O menino auxiliou pessoalmente no resgate do lateral da Chape. “Eu me sentiria muito orgulhoso em ver a pessoa que eu pude ajudar”, enfatizou. Humildade que se mantém firme, independente do reconhecimento por sua enorme atitude.
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