A pesquisa científica de um oftalmologista de Ilhéus, no sul baiano, que aborda a influência do vírus da zika em casos de glaucoma congênito foi publicada na última edição da revista Ophthalmology, periódico da Academia Americana de Oftalmologia.
Na edição dedicada aos impactos devastadores do vírus, muito comum no nordeste brasileiro graças à ação do mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da chikungunya, a revista dedicou espaço aos estudos do médico Bruno de Paula Freitas, coordenador do Departamento de Retina do Cenoe Hospital de Olhos.
Após analisar um recém-nascido acometido pelo zika, o médico ilheense conseguiu comprovar o vínculo da doença, que pode causar cegueira, ao vírus. Ele contou com o auxílio de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade de Yale (EUA) e dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Evandro Chagas (IEC).
Os resultados dos estudos apresentaram aos profissionais de saúde a importância de agir com brevidade diante de casos semelhantes com bebês, já que o diagnóstico precoce pode ser fundamental para a reversão do quadro, inclusive com a utilização de cirurgia.
A pesquisa também reafirmou a necessidade do combate aos focos do mosquito da dengue, ponto de partida para a transmissão das doenças.
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