IGP-10 fecha o ano com alta acumulada de 17,3%


Primeiro indicador inflacionário a fechar o ano-calendário, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) encerrou 2021 com uma alta acumulada de 12 meses de 17,3%. No mês, o indicador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre) caiu 0,14, após variar 1,19% em novembro.“ Entre os itens que mais desafiaram a inflação ao produtor estão produtos cujas safras foram afetadas pela seca (cana-de-açúcar 57,55%), pelas geadas (café em grão 148,05%) e pelos avanços do preço do petróleo (diesel 82,82%)”, afirma o coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,51% em dezembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,31%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 1,08% em dezembro, acima da taxa de 0,79% de novembro. Três das oito classes de despesa componentes do índice subiram em percentuais maiores: Educação, Leitura e Recreação (0,05% para 2,61%), Habitação (0,36% para 0,77%) e Transportes (2,17% para 2,49%).

“A alta do IGP-10 (no ano) e do índice ao produtor não foi mais intensa graças as quedas registradas nos preços do minério de ferro (-24,27%), do farelo de soja (-15,49%) e do arroz em casca (-36,85%)”,acrescentou Braz. O Índice Nacional de Custo da Construção variou 0,54% em dezembro. No mês anterior a taxa foi de 0,95%. Serviços (0,49% para 0,61%) e Mão de Obra (0,10% para 0,28%) aceleraram os reajustes, enquanto o grupo materiais e equipamentos passou de 2,00% para 0,81% nos últimos dois meses do ano.