Dia Nacional da Mamografia alerta para importância de diagnóstico precoce


Um exame simples, disponível na rede pública de saúde, é a maior arma contra o câncer que mais mata mulheres no País. Para levar conscientização sobre a importância desse diagnóstico, o Dia Nacional da Mamografia é lembrado em todo dia 5 de fevereiro, desde a Lei nº 11.695/2008. O exame é realizado por uma radiografia das mamas em equipamento de raios X capaz de identificar alterações suspeitas, e é uma das melhores ferramentas para o tratamento adequado.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estimam-se 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil para cada ano do triênio 2020-2022. Porém, se 720 mulheres, com idade de 50 a 69 anos e sem alto risco para o câncer, fizerem mamografias de rastreamento, a cada dois anos, uma mulher escapará da morte por essa doença. E estar viva contando a história de superação de um câncer é motivo de muita felicidade para mulheres que enfrentaram essa luta.

O câncer de mama tem risco estimado de 81,06 casos novos a cada 100 mil na Região Sudeste, local com maior quantidade proporcional. As regiões Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, respectivamente, puxam a fila de maiores incidências. “O câncer de mama, hoje, se tornou o câncer mais incidente do mundo, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde, superando o câncer de pulmão. No Brasil, ele se rivaliza com o câncer de próstata masculino. Em relação à mortalidade, a gente percebe uma queda gradual, com estimativa de 14 óbitos para cada 100 mil mulheres, porque os tratamentos têm sido mais eficientes e o diagnóstico mais precoces”, define Marcelo Bello, médico mastologista e diretor do HCIII, unidade do Inca exclusiva para tratamento de câncer de mama.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o número de mortes pela doença diminui de 15% a 45% nas populações que têm acesso à mamografia preventiva periódica. O exame deve ser feito de maneira rotineira, pelo menos a cada dois anos, a partir dos 40 anos para as mulheres em geral e pelo menos 10 anos antes da idade em que um familiar como mãe, pai, irmã tiveram a doença.