Mesmo com os preços dos presentes em média 8,6% mais caros, o varejo brasilero projeta uma alta de 5,3% nas vendas geradas pelo Dia dos Pais deste ano. O faturamento ficará em torno de R$ 7,28 bilhões. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que estima também uma criação de 18,5 mil trabalhos temporários. O Dia dos Pais é a quarta melhor data do varejo em movimentação financeira.
“Mesmo com a inflação elevada, a perspectiva é positiva para o setor por conta da injeção de recursos extraordinários, como os saques nas contas de FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e a ampliação do Auxílio Brasil, tanto no valor do benefício quanto no número de beneficiários”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O economista responsável pela pesquisa, Fábio Bentes, explicou que o fim das restrições de atividades provocadas pela pandemia é outro fator importante para entender o aumento previsto nas vendas do Dia dos Pais. “Praticamente todo o fluxo de consumidores perdido ao longo das fases mais agudas da crise sanitária foi restabelecido”, acrescentou.
Nos preços, dos 13 itens analisados, apenas computadores pessoais estão mais baratos do que em 2021 (-2,4%). Os aumentos mais salgados aconteceram nos itens roupas (21,9%), tênis (18,2%) e bebidas alcoólicas (17%).
Nas contratações, os setores de hiper e supermercados (8,2 mil postos temporários) e vestuário (7,8 mil contrataso) são os que mais apostaram no reforço da equipe de trabalho. Segundo a CNC, o salário de admissão médio está em R$ 1.638 (crescimento de 1,2% em termos nominais ante o mesmo período do ano passado).
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