Uma criança de três anos foi encontrada pelos vizinhos ao lado do corpo de sua mãe na noite desta terça-feira (5) na Rua Miguel Pedro Abib, Jardim Acrópole, bairro Cajuru, em Curitiba. O principal suspeito é marido da vítima, identificado apenas como Érik. A menina é a única testemunha do crime que aconteceu dentro da casa, onde vivia o casal e filha. Ana Cristina Borges, 39 anos, foi agredida até a morte e os vários ferimentos que sofreu na cabeça podem ter tirado a sua vida. Segundo os indícios recolhidos pela polícia, ela foi assassinada entre a noite de segunda-feira (4) e a madrugada de terça, ou seja, a filha ficou várias horas ao lado do corpo da mãe já sem vida. A menina foi descoberta depois que moradores da residência ao lado ouviram choro e junto com a cunhada da vítima, Sueli Rodrigues, resolveram arrombar a porta. Sueli já estaria preocupada porque não vira a parente o dia todo e ninguém das redondezas teria visto ela chegar do trabalho naquele dia. O que encontraram foi a pior cena possível: a pequena estava lá sem entender o que tinha acontecido, e, inclusive, teria se alimentado do leite da mãe depois da mulher já estar falecida. “Ela mama no peito até hoje. Estava toda suja”, contou a cunhada. Ela ainda teria mostrado para a tia o que o pai fez na mãe, aumentando as suspeitas contra o marido.
Brigas e drogas
De acordo com familiares, a mulher trabalhava como empregada doméstica em uma ONG de proteção animal e sustentava a casa enquanto via o marido trocar tudo por drogas. As brigas entre os dois eram frequentes porque ele, viciado em crack, vendia os itens de dentro de casa, além de roubar outras residências para manter o vício. Era comum vê-lo gritando e ameaçando a esposa de morte, disse Albari Ferraz, que vive na casa ao lado de onde a tragédia aconteceu.
“Foi o Erick que matou. Roubou dinheiro. Ele é viciado. Ele sempre roubou. Ela sempre manteve a casa. Quando ele rouba, corre pra praça Rui Barbosa,” disse Sueli.
Destino da criança
A Polícia Militar chamou o Conselho Tutelar de Curitiba. A filha de Ana foi encaminha a um lar de crianças e poderá ficar sob guarda de pessoas da família. O suspeito desapareceu e é procurado pela Polícia Civil. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.
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