O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) cresceu 0,5 ponto em julho, indo para 79,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICC subiu 0,3 ponto, para 78,0 pontos. Apesar da melhora, a coordenadora de Sondagens do FGV Ibre, Viviane Seda Bittencourt, avalia que após expansão em junho, o “humor” do consumidor acomodou neste mês.
Após dois meses de altas, o indicador que mede o ímpeto para compra de bens duráveis voltou a cair (- 2,9 pontos, ficando em 67,7 pontos e abaixo dos níveis pré-pandemia).
“Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das familias de menor poder aquisito”, afirmou a pesquisadora. “Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo”,
Em julho, o resultado positivo do ICC foi influenciado pelo avanço das projeções para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,7 ponto (86,6 pontos), maior valor desde agosto de 2011. O Índice de Situação Atual (ISA) se manteve estável ao variar -0,1 ponto, se mantendo no patamar de 70 pontos – nível baixo em termos históricos e inferior ao período pré pandemia, de acordo com o FGV Ibre.
Entre os componentes do ICC, o que mais influenciou o resultado no mês foram as perspectivas sobre a situação financeira nos próximos meses, cujo indicador avançou 3,5 pontos, indo para 89,3 pontos. O indicador que mede situação economica nos próximos seis meses subiu 1,5 ponto, atingindo 104,7 pontos.
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