A Coca-Cola ameaçou o governo brasileiro de interromper sua produção de refrigerantes na Zona Franca de Manaus, caso o presidente Michel Temer (MDB) não baixe medida devolvendo ao setor os benefícios de que desfrutavam antes da paralisação dos caminhoneiros.
A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (Abir) levou o assunto ao presidente no fim de junho. Os fabricantes ameaçam cortar 15 mil empregos diretos porque preveem uma retração de cerca de R$ 6 bilhões por ano nas vendas caso Temer não volte atrás com a concessão de benefícios.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a Coca-Cola afirmou ao governo que só faz sentido produzir na Zona Franca se a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre o concentrado de refrigerante, for de, pelo menos, 15%. A saída para a empresa americana seria, fora do Brasil, levar a produção até a Colômbia.
Segundo assessores de Temer, o governo acredita que a fabricante exagerou no tom. Caso decida interromper a produção na Zona Franca, a Coca-Cola passará a pagar todos os impostos —até mesmo o de importação—, prejudicando a operação no mercado brasileiro em favor da Ambev (guaraná) e da Pepsi.
Deixe seu comentário