Febre oropouche: Ministério da Saúde investiga transmissão de grávidas para fetos


O Ministério da Saúde apura pelo menos oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche — quando a infecção é passada da mãe para o bebê, durante a gestação ou mesmo no parto. Os casos investigados foram registrados em Pernambuco, na Bahia e no Acre.

De acordo com a pasta, metade dos bebês nasceu com anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade faleceu.

Na última semana, um bebê nascido no Acre com anomalias congênitas associadas à transmissão vertical (de mãe para filho) de oropouche, que morreu após 47 dias de vida. Os exames pós-parto constataram que a mãe, de 33 anos, havia contraído o vírus oropouche. Ela havia apresentado sintomas da doença no segundo mês de gestação.

A febre do Oropouche é uma doença transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Devido à predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é que a população mantenha os quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

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Bahia: Casos de Febre do Oropouche sobem de 851 para 916 em 2024


O número de casos da Febre do Oropouche na Bahia registrou um novo aumento nesta sexta-feira (9). De acordo com o levantamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), no último boletim da última segunda-feira (5), o estado tinha 851 casos da enfermidade. Já nesta quinta-feira (8) o número subiu para 916.

Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a doença foi constatada em 58 cidades baianas no mês de agosto, um a menos dos últimos números de julho. O município de Ilhéus lidera o número de casos confirmados do estado (113), seguido de Amargosa (84); Gandu (82); Jaguaripe (76) e Teolândia (43).

Já Salvador registrou 17 notificações pela febre do Oropouche. Em julho deste ano, a Bahia constatou a segunda morte por Febre Oropouche no estado. A confirmação foi feita pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A paciente era uma mulher de 21 anos, residente de Camamu, no baixo sul baiano. (mais…)

OMS divulga lista dos 30 vírus e bactérias capazes de desencadear uma nova pandemia; confira


Dengue, H5N1 e mpox (varíola dos macacos) são algumas das doenças apontadas com maior probabilidade de causar a próxima pandemia no mundo. O relatório divulgado e atualizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou mais de 30 vírus e bactérias que têm capacidade de gerar uma pandemia mundial.

O número de vírus e bactérias listadas é duas vezes maior do que o ranking realizado em 2017 e 2018, que obteve uma dúzia de micróbios. Segundo publicação do O GLOBO, cerca de 200 cientistas de mais de 50 países elencaram as enfermidades após análise de mais de 1.600 bactérias e vírus.

As doenças foram consideradas com “potencial pandêmico” após serem classificadas como altamente transmissíveis e virulentas com capacidade de causar doenças graves em humanos. Foram descritas como doenças perigosas aquelas que não ainda não possuem tratamento ou vacina.

O grupo de coronavírus conhecido como Sarbecovírus, do SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e o Merbecovírus, que inclui o vírus que causa a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) foram os patógenos prioritários no relatório. A mpox adicionada no documento já causou um surto global em 2022 e está em crescente em algumas regiões da África Central.

Ainda aparecem o vírus influenza A, que inclui a gripe e a gripe aviária e as cepas que causam cólera, peste, disenteria, diarreia e pneumonia.

De acordo com a reportagem, especialistas do mundo todo, afirmam que é apenas uma questão de tempo até a próxima pandemia. Questões relacionadas à urbanização e o desflorestamento impactam e influenciam o contato entre a vida selvagem e os humanos. Já o crescimento no número de viagens internacionais pode causar novas oportunidades para uma doença encontrar o seu caminho para novas áreas do mundo.

  • Febre de Lassa
  • Febre Hemorrágica Argentina
  • Cólera
  • Praga
  • Shigelose
  • Salmonela
  • Pneumonias
  • MERS; Vírus Respiratório do Oriente Médio
  • SARS; Síndrome Respiratória Aguda Grave
  • Ebola
  • Doença de Marburg
  • Zika
  • Dengue
  • Febre amarela
  • Encefalite do carrapato
  • Vírus do Nilo Ocidental
  • Hantavirus
  • Febre hemorrágica Crimean-Congo
  • Gripe aviária (H1 ao H10)
  • Gripe suína (H1 to H3)
  • Vírus Nipah
  • Febre SFTS
  • Febre do Vale do Rift
  • Varíola
  • Vírus varíola
  • Mpox
  • Chikungunya
  • Encefalite Equina Venezuelana
  • Patógeno X
  • Adenovirus
  • Adenovirus 14
  • Síndrome mão, pé e boca
  • Lentivírus
  • Vírus da doença de Borna
  • Hepatite C
  • Hepatite E
  • HerpesHPVParvovírus

Brasil: Congelamento de gastos faz Saúde perder R$ 4,4 bilhões


Para cumprir regras fiscais das contas públicas em 2024 o Governo Federal havia anucniado o congelamento de R$ 15 bilhões nos gastos. Nesta terça-feira (30), os bloqueios foram detalhados, de modo que os ministérios mais afetados são o da Saúde, com menos R$ 4,4 bilhões; Cidades que perdeu R$ 2,1 bilhões; Transportes com queda de R$ 1,5 bilhão e Educação, que fica sem R$ 1,2 bilhão. Os programas também acabam sendo afetados, de modo que o de Aceleração do Crescimento, o PAC, teve R$ 4,5 bilhões congelados. Entretanto, é bom salientar que os investimentos dessas obras estão espalhados por várias pastas, de modo que Cidades e Transportes podem ter nos cortes apresentados em suas respectivas pastas, valores relacionados ao programa. As emendas parlamentares perderam R$ 1,1 bilhão, enquanto que a União cortou R$ 9 bilhões das chamadas despesas discricionárias, aquelas que não são obrigatórias.

Ministério da Saúde amplia público alvo de vacinação contra a dengue para doses próximo ao vencimento


Nesta sexta-feira (21), o Ministério da Saúde anunciou uma ampliação no público-alvo da vacinação contra a dengue, visando otimizar o uso das doses com vencimento próximo, previstas para expirar entre 30 de junho e 31 de julho deste ano. Em comunicado oficial, a pasta reiterou a recomendação inicial de vacinação para crianças de 10 a 14 anos de idade, mas estabeleceu novas diretrizes para casos específicos.

Para os estados onde alguns municípios ainda não receberam as vacinas contra dengue, é recomendado que as doses próximas ao vencimento sejam realocadas preferencialmente para essas localidades. Em estados onde todos os municípios já foram contemplados, as doses podem ser aplicadas em pessoas entre 6 e 16 anos, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde.

Se essas medidas não forem suficientes, a estratégia pode ser estendida até o limite de idade estipulado na bula da vacina, que vai de 4 anos até quase 60 anos, dependendo da disponibilidade.

O Ministério da Saúde detalhou que foram adquiridas 5,2 milhões de doses e outras 1,3 milhão foram recebidas como doação de um laboratório, sendo estas com prazo de validade mais curto e distribuídas antes dos primeiros lotes adquiridos.

Pesquisadores da UFRJ Descobrem Potencial de Reactivação do Vírus da Zika


Um estudo conduzido por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou novos insights sobre a persistência e reativação do vírus da zika no organismo humano. Publicado recentemente na revista científica iScience, o estudo liderado por Julia Clarke e Claudia Figueiredo analisou a capacidade do vírus de se replicar novamente no cérebro e em outros tecidos, mesmo após a fase aguda da infecção.

Durante quatro anos de pesquisa, utilizando cerca de 200 camundongos como modelos experimentais, os pesquisadores observaram que em condições de queda na imunidade, como stress ou uso de medicamentos imunossupressores, o vírus da zika pode se reativar. Essa reativação está associada à produção de espécies secundárias de RNA viral, que são resistentes à degradação e se acumulam nos tecidos, aumentando a predisposição para sintomas neurológicos como convulsões.

Além disso, o estudo utilizou técnicas avançadas como PCR, microscopia confocal e análises comportamentais para demonstrar que o vírus da zika pode permanecer no corpo por longos períodos, mesmo após o desaparecimento dos sintomas iniciais. Esses achados sugerem a necessidade de monitoramento prolongado de pacientes expostos ao vírus, especialmente durante os primeiros anos de vida.

A pesquisa contou com a colaboração de diversos institutos da UFRJ e reforça a necessidade de políticas públicas de saúde que considerem a persistência viral e seus potenciais impactos na saúde pública global.

Primeira morte por frebre Oropouche é confirmada pela Sesab na Bahia


A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou, nesta segunda-feira(17), a primeira morte por Febre Oropouche no estado. A paciente era uma mulher de 24 anos, moradora de Valença, cidade que fica a 123 km de Salvador.

A morte da jovem aconteceu em março deste ano, mas foi necessário realizar diversos exames para que a causa do óbito fosse confirmada. Outra morte por Oropouche também está sob investigação. O paciente tem 21 anos e o caso foi registrado em Camamu, cidade a 72 km de Valença.

De acordo com a Sesab, desde março já foram confirmados 691, em 48 cidades. As primeiras ocorrências foram em Laje e Valença, cidade onde o primeiro óbito foi registrado. A cidade de Gandu, no sul da Bahia, lidera a lista de registros, com 81 casos. A cidade de Amargosa aparece com 66 registros positivos, seguida de Uruçuca, com 50.

Baiana que morreu aos 123 anos ‘viu’ duas guerras mundiais, era Vargas, ditadura e moeda brasileira mudar 9 vezes


Um dos sucessos do artista baiano Raul Seixas conta a história de um homem que nasceu há 10 mil anos atrás e, por isso, viu diversos eventos históricos do mundo. Em Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, uma mulher que viveu 123 anos poderia trocar algumas figurinhas com Raul. Dona Maria Gomes dos Reis nasceu em 1900 e morreu no último sábado (8), apenas oito dias antes de completar 124 anos – e depois de “ver” os maiores acontecimentos históricos modernos. A verdade é que Dona Maria contrariou a expectativa de vida dos brasileiros: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres costumam viver até os 79 anos, ou seja, 45 anos a menos do que a baiana.
O anos de vida a mais a permitiram vivenciar acontecimentos que estão nos livros de história. Nascida em junho de 1900, a baiana já estava viva em alguns dos grandes acontecimentos modernos da humanidade, como por exemplo:
👉 Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918);
👉 Crise financeira de 1929 nos Estados Unidos;
👉 Primeiro voto feminino no Brasil (1932);
👉 Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945);
👉 Guerra Fria (1947 – 1991);
👉 Viveu a Era Vargas, Ditadura Militar, o movimento “Diretas Já” e a implementação da democracia no Brasil;
👉 Viu a moeda brasileira mudar nove vezes (Real, Mil-Réis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro, Cruzeiro Real, Real);

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Idoso comemora aniversário de 116 anos na Bahia: ‘Ainda cai na farra’



Prova de que a Bahia é terra de centenários, um idoso baiano completou 116 anos de vida na quarta-feira (15). A celebração aconteceu neste domingo (19), junto a amigos e parentes na casa dele, no povoado de Barcelos do Sul, em Camamu, município no sul do estado.
O aniversariante é Joaquim Bispo da Conceição, nascido em 1908. Cheio de vitalidade, teve quatro filhos e outros 52 descendentes:
29 netos
15 bisnetos
8 tataranetos
“As pessoas olham pra ele e nem pensam que ele tem essa idade”, disse Maria Domingas dos Santos, uma das filhas de Joaquim, ao g1.
Atualmente, ela cuida do pai, mas garantiu à equipe de reportagem que ele é um idoso ativo. Segundo Domingas, o homem só deixou de fazer a própria comida porque ela não deixa.
Para celebrar a longa vida cheia de saúde, a família organizou uma festa no sítio onde vive. Amigos e outros parentes participaram do momento. (mais…)

Mais de mil farmácias populares da Bahia distribuem absorventes de graça para população vulnerável


A Bahia tem 1.196 farmácias populares da Bahia que distribuem absorventes higiênicos gratuitamente à população vulnerável. Os estabelecimentos, espalhados em 339 municípios do estado, foram cadastrados no Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual.

De acordo com a Secretaria de Política para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM), cerca de 2,5 milhões de pessoas em condições de vulnerabilidade socioeconômica podem retirar os itens gratuitamente nas farmácias. Trata-se de um público-alvo na faixa entre 10 e 49 anos. “Infelizmente, muitas mulheres, meninas e pessoas que menstruam ainda não têm acesso a esta informação, de que têm o direito a receber gratuitamente os absorventes.

Existe uma rede consolidada na Bahia (…) e é preciso que as beneficiárias tomem pertencimento disso e possam usufruir com toda dignidade que merecem”, ressalta Elisângela Araújo, titular da pasta. Ela lembra que o programa também alcança estudantes da rede estadual de ensino e a população recolhida em unidades do sistema prisional.