A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) iniciou desde a última segunda-feira (17) a Operação Carnaval nas rodovias do sudoeste baiano. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o Tenente Marcos Farias informou que a operação especial se estenderá até o dia 27. “Serão 10 dias de pura intensificação nas rodovias, prevenindo e conscientizando todos os motoristas para não se envolverem em nenhum acidente”, ressaltou. A fiscalização, segundo o Tenente, ocorrerá em todos os quatro postos da companhia de policiamento rodoviário, com especial atenção para as praças onde serão realizadas festas de carnaval e nas vias de acesso às praias do sul da Bahia. “Focaremos essa fiscalização onde o fluxo de veículos será maior. Uma parte do efetivo já está se deslocando para Rio de Contas, onde, a partir de amanhã, já começaremos a trabalhar no carnaval”, reiterou. Embora a ação tenha sido iniciada no dia 17, o Tenente afirmou que o movimento nas rodovias ainda é tímido. No entanto, a previsão é de que, a partir desta sexta-feira (20), o fluxo de veículos aumente consideravelmente em toda região. “Todo nosso efetivo estará empenhado nessa época a fim de atender a toda região”, reiterou.
Morreu nesta quarta-feira, aos 83 anos, em decorrência de uma broncopneumonia, o cineasta paulistano José Mojica Marins, que ficou conhecido em todo o país pelo personagem Zé do Caixão. A informação foi confirmada pela família.
Foi durante um pesadelo, sonhado no início de 1963, que o inferno acenou pela primeira vez para Marins. O diretor tinha então com 27 anos, e já contabilizava dois longas-metragens em seu currículo: o faroeste “Sina de aventureiro” (1957) e o drama “Meu destino em suas mãos” (1961). No sonho, ele era arrastado para uma cova por um homem todo de preto, que tinha seu rosto. Ao despertar assoberbado, com a imagem daquele sujeito na cabeça, ele criou um dos personagens mais famosos da história do cinema brasileiro: o coveiro Josefel Zanatas, conhecido (e temido) ao longo de seus 51 anos de existência pela alcunha de Zé do Caixão. E com ele, a produção audiovisual do Brasil abria os olhos para um dos filões mais populares da ficção: o horror, gênero no qual Mojica virou um mestre, dirigindo e atuando.
— Quando despertei do pesadelo, no comecinho de 1963, a ideia do Zé já estava definida, e então comecei a correr atrás de sobras de negativo em estúdios de São Paulo, como a Vera Cruz e a Maristela, para poder filmar uma história em que aquele homem procurava a mulher ideal para ser a mãe de seu filho — contou Mojica ao GLOBO em 2013, quando comemorou o jubileu de seu exu de unha grande, batizado em homenagem a um coveiro amigo. — O nome Josefel veio de um cara que eu conhecia e que mexia com defuntos, um agente funerário chamado Josef. Zanatas era brincadeira com Satanás.