
O PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia deve encolher 5,1% em 2020, diante do impacto da pandemia do novo coronavírus, estima o secretário estadual da Fazenda Manoel Vitório.
Antes da crise, a expectativa era que a atividade econômica baiana pudesse alcançar um crescimento de 4,6%.
“Neste momento, o impacto da crise sanitária ainda está sendo avaliado pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia), que é responsável pelo cálculo das estatísticas econômicas no Estado. Há uma estimativa de que o PIB baiano possa cair 5,1% este ano”, disse Vitório em entrevista ao bahia.ba.
Para 2021, quando o estimado seria uma queda no mesmo patamar e um incremento de 2,7% nas receitas da gestão Rui Costa (PT), as projeções ainda dependerão do desempenho da economia nos próximos meses.
Já a arrecadação estadual, segundo o secretário, também deverá sofrer um baque neste ano. Somente em ICMS, sua principal fonte de recursos, os cofres estaduais deixarão de recolher algo entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,8 bilhões.
A queda nas receitas vem sendo causada sobretudo por causa do fechamento do comércio e de indústrias, além do adiamento no recolhimento de impostos promovido para minimizar o efeito sofrido pelas empresas.
Nesse cenário, as contas públicas do Palácio de Ondina poderão fechar 2020 com um déficit estimado em R$ 1,5 bilhão.
Apesar das dificuldades, Vitório afirma que o governo baiano tem mantido esforços para honrar compromissos e até mesmo economizado despesas, como o contingenciamento de R$ 778 milhões para o enfrentamento da crise.
“Há uma série de medidas para mitigar essas perdas, incluindo a redução dos gastos de custeio, o redirecionamento das atividades do fisco para tornar sua atuação mais assertiva e a renegociação de contratos, inclusive os de operações de crédito”, diz o secretário. (mais…)