Divulgada em fevereiro, a tabela do Brasileirão previa o início da competição no começo do mês de maio. Este calendário já não faz mais sentido em função da pandemia do coronavírus, mas não há dúvidas de que o regulamento será mantido, com a disputa de 38 rodadas. E o fortalecimento dessa posição tem motivação especialmente financeira.
O site Estadão, consultou os 20 clubes participantes da Série A, que foram unânimes para que o sistema de pontos corridos, implementado em 2003, seja mantido na temporada 2020. Mesmo em um possível cenário em que o torneio precise ser estendido começo de 2021. “Vamos usar todos os instrumentos para terminar em dezembro. Mas quando a gente estende as férias, significa que talvez tenhamos de jogar depois do réveillon, se for necessário, para acomodar as datas. Com aval, você pode reduzir o tempo porque os elencos não são só de 11 jogadores”, afirma o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
A possibilidade de encerrar a temporada no início do próximo ano é real, uma vez que os clubes concederam férias aos elencos em abril, já que as atividades estão paradas. Mas, além da parte esportiva, a manutenção do Brasileirão em pontos corridos está ligado ao lado financeiro.
O problema é que para o Brasileirão ser reajustado ao calendário, outras mudanças serão necessárias. Quando o futebol nacional parou, os campeonatos estaduais e regionais, caso da Copa do Nordeste e Baianão, ainda estavam em disputa, assim como a Copa do Brasil, a Copa Libertadores e a Sul-Americana.
A posição majoritária entre os clubes é de que os estaduais sejam finalizados dentro de campo, ainda que com alguns pequenos ajustes em seu regulamento.