Cerca de 113 mil brasileiros perderam mãe, pai ou ambos durante a pandemia de Covid-19. Os quase 700 mil mortos pela doença no país deixaram 5% da população órfã, segundo estimativa da Escola de Saúde Global de Harvard. O Brasil fica apenas atrás do México no ranking dos países com mais órfãos em consequência do SARS-CoV-2.
A cada mil pessoas com até 18 anos no Brasil, duas estão órfãs por causa da Covid. O levantamento também indica que a orfandade paterna é 3,4 vezes maior do que a materna. Também foi levantado a quantidade de pessoas que perderam avô ou avós. O número ultrapassou os 17,2 mil.
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia, em março de 2020, não houve a adoção de qualquer política pública nacional para a proteção dos órfãos da doença. Na primeira semana deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que pretende dar um auxílio para crianças e jovens de baixa renda que se tornaram que perderam algum de seus provedores em virtude da pandemia. A medida é capitaneada pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e foi uma das sugestões do grupo de trabalho criado na transição para cuidar de questões da área.
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