Jair Bolsonaro (PL) nomeou a declaração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Israel como uma “fala criminosa”. O presidente afirmou no último domingo que o que acontece atualmente na Faixa de Gaza é um “genocídio” e fez alusão ao nazismo comandado por Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial.
“Uma fala criminosa. Não é infeliz, não. É criminosa, que ofendeu não apenas os judeus, ofendeu a humanidade. O que aconteceu na Segunda Guerra, com a eliminação em câmaras de gás de judeus, não existe na história do mundo. E o Lula compara o Exército de Israel com os nazistas. Chocou o mundo”, disse em entrevista à CBN Recife.
O caso gerou muita discussão ao decorrer desta semana. Bolsonaro ainda questionou o impacto da fala para o futuro do Brasil. “Nós vamos ficar com quem no mundo pro futuro, com ditaduras e vamos nos afastar do mundo democrático e evoluído? É uma fala que não cabe a um presidente da República, além de demonstrar desconhecimento sobre o que foi o Holocausto.”
A declaração do presidente também foi amplamente criticada pelo governo israelense, que atribuiu o título de “persona non grata” a Lula, enquanto não houver retratação. O assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, afirmou para a CNN que o presidente não pedirá desculpas.
“Sempre tratamos de maneira muito respeitosa e defendemos a solução de dois Estados, mas não tem nada do que se desculpar. Israel é que se coloca numa condição de crescente isolamento”, declarou Amorim.
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