Bahia deixa de arrecadar quase R$ 500 milhões por causa de sonegações de impostos


A Bahia deixou de arrecadar quase R$ 500 milhões no ano passado por causa da sonegação de impostos, segundo dados da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). De acordo com a Sefaz, os setores de postos combustíveis, comércio de grãos e atacadista são os que mais sonegam no estado. O órgão informou que o governo arrecadou mais 24,6 bilhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas em cerca de 10% desse valor, a secretaria da fazenda viu algum indício de sonegação. Umas das sonegações estimadas pela Sefaz é referente ao empresário Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, preso no início de julho, em Minas Gerais. O órgão acredita que ele tenha sonegado na Bahia, valores que chegam a R$ 100 milhões. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu processo contra ele. Entre 2012 e julho deste ano, foram 25 operações com mais de 100 investigados e R$ 130 milhões recuperados. “Infelizmente é o tipo de cultura que está muito entranhada no meio empresarial, um sonegador acaba desestabilizando a livre concorrência e acaba estimulando outros empresários a aderir esse tipo de prática”, concluiu o promotor. De acordo com as investigações do comitê, o valor que a Bahia deixou de arrecadar em sonegação no ano passado dava para distribuir o vale alimentação a quase 800 mil alunos. O governo gasta R$ 44 milhões por mês.