Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Câmara, se reuniu em Brasília líderes das bancadas de oposição e pediu apoio para seu grupo político na eleição para a presidência da Câmara. Maia prometeu aos presentes não concorrer, segundo informações so site Poder 360. O presidente Nacional do Democratas, ACM Neto, participou do ato.
Pelas regras em vigor, nem ele e nem Davi Alcolumbre (DEM-PA) podem se candidatar. Porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem marcado para o próximos dia quatro um julgamento que pode possibilitar a ele e ao atual presidente do Senado concorrer novamente. Como mostrou o site Poder360, a Corte já tem os votos necessários para isso. Mesmo políticos próximos do deputado desconfiam que ele queira concorrer novamente.
A oposição é fundamental nos cálculos políticos de Rodrigo Maia. Seu entorno estima que, com os partidos de esquerda, poderá ser formado um bloco de até 330 deputados. Além da esquerda, os planos incluem DEM, PSDB, MDB, Cidadania, PV, PSL, PTB, Pros e Republicanos.
Esse contingente de votos, além de eleger o presidente da Casa, garantiria ao grupo mais 3 ou 4 cargos na Mesa Diretora, a direção da Câmara.
Fora do grupo de Maia, a pré-candidatura viável posta até o momento é a de Arthur Lira (PP-AL). O deputado se aproximou do governo federal ao longo de 2020. Isso dificulta apoio da oposição a ele. Além disso, Maia e a esquerda tiveram uma convivência com poucas turbulências nos últimos 2 anos.
O presidente do DEM, ACM Neto, participou do encontro. Ele reafirmou o que disse Maia. De acordo com ele, o partido tem interesse em focar na recondução de Alcolumbre à Presidência do Senado, mas que pode abrir mão da candidatura de Maia.
Apesar de tido como mais natural, o apoio da esquerda ao grupo de Maia não é garantido. Mais cedo nesta 3ª, por exemplo, veio a público uma nota contra a possibilidade de reeleição do atual presidente da Casa assinada por partidos desse campo político e também pelo Centrão de Arthur Lira. A bancada do PT, que não assinou o documento, também não deve apoiar reeleição.
Para que a esquerda se aglutine em torno do presidente da Casa ainda falta muito a ser discutido. Por exemplo: cargos na Mesa Diretora da Câmara, presidência de comissões e relatoria do Orçamento de 2022. Novas reuniões serão realizadas.
Maia está à frente da Câmara desde 2016, quando assumiu 1 mandato tampão depois da saída de Eduardo Cunha (MDB-RJ). Pode disputar a eleição de 2017, na mesma legislatura, graças a um entendimento de que concorrer depois de um mandato tampão não é tentativa de reeleição. Em 2019 pode se candidatar porque tratava-se de uma legislatura diferente da anterior.
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