Contra a PEC 55, professores da Uesb entram em greve por tempo indeterminado


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Os professores da Universidade Federal do Sudoeste da Bahia (Uesb) entraram em greve por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (28). A paralisação é em protesto contra a PEC 55, de autoria do governo federal, que propõe um limite para os gastos públicos nos próximos 20 anos e contra a reforma do Ensino Médio. Pelos mesmos motivos, estudantes ocupam unidades da instituição desde outubro. A greve dos professores foi definida em assembleia da categoria, realizada no dia 22 de novembro. A Uesb tem unidades em Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. Nas três cidades, atuam mais de mil professores. Os cerca de 8,6 mil alunos da instituição já estão sem aulas há mais de um mês devido à ocupação dos estudantes.
Na última sexta-feira (25), o juiz da comarca de Vitória da Conquista, Ricardo Frederico Campos, concedeu uma liminar determinando a desocupação do campus municipal da Uesb num prazo de 24 horas e disse que poderia ser utilizada força policial caso a determinação não fosse cumprida. No dia seguinte, no entanto, a desembargadora Marinez Freitas Cerqueira, do TJ-BA, derrubou a liminar considerando que seria preciso mais tempo para que houvesse uma desocupação pacífica da instituição. A ocupação dos estudantes ocorre desde o dia 21 de outubro. Em 21 de novembro, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) deu o prazo de 10 dias para que todos os campi da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) fossem desocupados.  O MP tinha feito um primeiro pedido de saída dos estudantes das unidades de ensino no início deste mês de novembro e o prazo para a desocupação terminou no domingo (20). Entretanto, a Uesb pediu que o prazo fosse estendido, de modo que fosse possível negociar com os estudantes. *G1/BA