Um dia depois de perder a final do Campeonato Mineiro para o rival Atlético-MG, o Cruzeiro tem um dia decisivo no processo de transformação para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na noite desta segunda-feira (4), o Conselho Deliberativo do clube define se aceita ou não as exigências do ex-atacante da seleção Ronaldo, que em dezembro assinou proposta para adquirir 90% da participação na SAF mas ainda não concluiu a transação.
De acordo com o UOL, o indicativo é de que o conselho aprovará as exigências de Ronaldo. A empresa do ex-atleta tem até o dia 18 deste mês para selar definitivamente o negócio.
Ronaldo fez, basicamente, duas propostas. A primeira é colocar os dois CTs sob controle da SAF. A ideia, segundo os executivos indicados pelo ex-atacante, é evitar que o futebol fique sem ter onde treinar caso as propriedades sejam confiscadas para pagar dívidas fiscais. Ronaldo quer ainda que o Cruzeiro entre em recuperação judicial, o que facilitaria a negociação de alguns débitos.
Adversário do Bahia na primeira rodada da Série B, o Cruzeiro também tem críticas ao modelo pretendido por Ronaldo. Pelo contrato firmado, o novo sócio aportaria R$ 50 milhões – R$ 26 milhões já desembolsados – e mais R$ 350 milhões viriam ou em receitas adcionais resultado da gestão da SAF ou do ex-jogador. Dirigentes do Cruzeiro associação querem que Ronaldo garanta o investimento de R$ 400 milhões.
Bahia
Além da rivalidade no Brasileiro, o tricolor baiano acompanha a movimentação no time mineiro porque também pode virar SAF. O clube recebeu em torno de 10 sondagens de possíveis sócios. Nos bastidores, a do grupo City é apontada como a mais próxima. Mas, no caso do Bahia, o conselho ainda tem que debater se a SAF vai ser criada ou não. Após análise nesta instância, seja qual for a conclusão, é a Assembleia Geral de Sócios que decidirá se muda ou não a estrutura institucional do Bahia.
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