Desde o início da imunização contra a Covid-19 no Brasil, as autoridades sanitárias de todo o país têm reforçado a importância de comparecer para receber duas doses da vacina. Mais recentemente, com base em estudos científicos, estados e municípios deram início à aplicação de uma terceira dose, para aumentar a proteção contra a doença. Mesmo assim, muitas pessoas se recusam a cumprir todas as etapas da vacinação e isso tem mantido estáveis os números de contaminação, internação e mortes decorrentes do novo coronavírus.
De acordo com a secretária estadual da Saúde, Tereza Paim, são essas pessoas que não deram continuidade ao esquema vacinal que estão sendo atendidas na maioria dos leitos ocupados por pacientes com Covid-19.
“Na grande maioria, as pessoas que não se vacinaram ou que estão com vacinação incompleta são as que estão deitadas nos leitos de UTI”, declarou a titular da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Tereza Paim disse ainda não saber o percentual exato de pacientes internados vacinados ou não, mas garantiu que a Sesab está mensurando e analisando as histórias clínicas de cada um. Além disso, ela reforçou a importância da população retornar para a aplicação da terceira dose.
“Conclamo a população que, de uma vez por todas, colaborem e vão se vacinar, principalmente com a segunda dose e a dose de reforço. Temos aproximadamente 3 milhões [de pessoas] que estão precisando cumprir seu dever cívico”, reclamou a secretária.
A titular da Sesab ainda citou sua preocupação com os baixos números de vacinação no extremo-sul da Bahia, região que, desde o início da pandemia, apresentou taxas preocupantes de internações por Covid-19. Segundo ela, há um “diálogo forte” com os municípios para a mitigação dos problemas.
“Essa região vem nos alertando e temos envidado esforços para que as campanhas e a busca ativa da vacinação sejam mais efetivas para que as pessoas não adoeçam”, disse Tereza Paim.
A secretária ainda lembrou que os municípios precisam cumprir os decretos estaduais, relativos às medidas contra a pandemia da Covid-19, como limites de público para eventos, uso de máscaras e vacinação.
“Os decretos estaduais que são mandatórios, os municípios têm que cumprir, sob pena de responsabilização. Temos que lembrar que o SUS é tripartite: a gente recebe a vacina através do Ministério da Saúde; entregamos ao município; e cabe a ele fazer a distribuição efetiva. Esse planejamento é sempre comunicado e compartilhado com todos os entes”, finalizou.
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