Aliados querem que Rui convença Isidório a ser vice para evitá-lo no segundo turno


                Foto: Bruno Concha/ Ag. Haack/ bahia.ba

O governador Rui Costa (PT), que volta nesta quarta-feira (06) ao país após um período de descanso, deve ser pressionado ainda mais a adiantar as conversas sobre a sucessão municipal em Salvador para dezembro.

Neste contexto, uma preocupação cada vez mais crescente por entre caciques dos principais partidos da base do governador é que o deputado federal Sargento Isidório (Avante) insista na candidatura a prefeito.

O motivo é que Isidório mostrou que não possui um “teto eleitoral” conhecido, o que poderia levá-lo ao segundo turno se a eleição se confirmar com um alto número de candidatos.

A avaliação é que em um eventual segundo turno contra Bruno Reis (DEM), as chances do policial militar aposentado seriam praticamente nulas. Por isso, seria mais estratégico não tê-lo na cabeça de chapa.

Em 2016, Isidório teve 114 mil votos (8,61%) quando tentou ser prefeito de Salvador. Dois anos depois, em 2018, na eleição para deputado federal, quando naturalmente o candidato não possui a mesma exposição nem os mesmos recursos financeiros do que na disputa pela majoritária, o religioso aumentou sua votação para 169 mil votos em Salvador, ou mais de 14% do total apurado. Algo raro de acontecer.

Para efeito comparativo, os 323.264 votos totais de Isidório no ano passado, em toda a Bahia, são muito semelhantes à votação que ACM Neto teve em 2010, na eleição para deputado federal (324 mil votos), dois anos antes de se eleger prefeito de Salvador.

Convites para vice

Nos últimos dias, Isidório recebeu inúmeros convites para integrar a chapa majoritária de aliados. O primeiro veio do colega de parlamento Bacelar (Podemos). Em entrevista a uma rádio, Isidório não descartou.

Nesta terça (05), foi a vez do vice-governador João Leão (PP) convidá-lo para ser vice de Niltinho (PP). Isidório, nesta oportunidade, devolveu o convite e chamou Niltinho a ser seu vice.