Poções: Ator José Dumont participa de filme rodado no município


O premiadíssimo ator José Dumont está estrelando um novo filme, “Rosa Tirana”, rodado no município de Poções. O ator estará na cidade de Poções na próxima terça-feira (06), onde acontecerá um coletiva de imprensa a partir das 09h00 da manhã.   O jovem Rogério Sagui é o diretor da película, que conta a história de Rosa, uma menina que mora no sertão.

O jovem diretor baiano natural da cidade de Poções, Rogério Sagui, de 33 anos de idade, tem um jeito poético de fazer seus filmes, que nascem do desejo de trazer a poesia de uma forma plena de volta às nossas telas como forma de imprimir uma marca cinematográfica que está incutida no diretor e anda em baixa no país. O diretor gosta das belezas líricas que estão impregnadas nas coisas simples da vida. Rogério Sagui já tem outras produções cinematográficas em seu currículo: “As Memórias de um Quilombo Vivo” (2016) e “Affonso Manta: O Poeta Encantado” (2018), documentários de média metragem.

Sobre o filme

Em setembro de um ano qualquer, em uma terra banhada de sol, durante a maior seca que o sertão nordestino já viveu, pessoas abandonaram suas casas em busca de água em busca da sobrevivência. É nesse lugar que vive Rosa, uma menina de dez anos de idade, que ao ver sua mãe adoecer os rios secando e o sertão sendo tomada por desesperança, sai em jornada para tentar encontrar nossa senhora Imaculada a rainha do sertão, a fim de lhe entregar a flor que poderia ser a ultima a resistir àqueles longos anos de seca, e então a santa realizaria o milagre: Fazer chover no sertão. A menina Rosa mergulha em uma caatinga fantasiosa, habitada por pessoas e criaturas moldadas pela seca e a sede, onde a fantasia se mistura com a dura realidade Sertânica.

Equipe técnica:

  • Direção: Rogério Sagui
  • 1º Assistente de direção: Tony Soares
  • Gerente de produção: João Dias
  • 1º Assistente de gerente/produção: João PAULO Vilarim
  • 2° Assistente de produção: LN de Goió
  • Direção de fotografia: Filipe Sobral
  • Assistente de direção de fotografia: Thays Cássia
  • Direção de arte: Julia Letícia Rocha
  • Assistente de direção de Arte: Ângela Rodrigues
  • Assistente de direção de Arte: Daiane Fróis
  • Produção de set: Adriano Tribal
  • Produtor de locação: Tim Borges
  • Assistente de produção de locação: Leandro Silva
  • Técnico de som direto: Rayane Telles
  • Assistente de som direto: Carlos Camppe
  • Continuísta: Lillian Almeida
  • Preparação de elenco: João Paulo Vilarim
  • Assistente de produção: Olavo Luz
  • Figurino- Lourdes Santana
  • Adereços: Jocimário Kanário
  • Efeitos Especiais: Carlito Junior
  • Tesoureira: Carol Amorim
  • Assistente de Produção: Vitor Guimaraes

Sobre José Dumont

O ator paraibano José Dumont é um daqueles raros exemplos de talento nato. Nascido em Bananeiras, em 1º de julho de 1950, uma cidadezinha no interior da Paraíba. Dumont era um garoto muito pobre, vivendo numa família extremamente humilde. Passou fome, como muitos de seus conterrâneos nordestinos, e assim como estes também não teve acesso à escola. Dumont aprendeu a ler e a escrever praticamente sozinho graças à música popular regional e à literatura de cordel.

Chegou a ingressar no Exército e na Marinha Mercante. Na biografia “José Dumont: do Cordel às Telas”, da coleção Aplauso lançada pela Editora Imprensa Oficial, o ator diz que em dado momento de sua vida miserável teve uma visão reveladora. Ele não revela qual foi essa visão, mas ela mudou o rumo de sua vida.

Seja ela qual for, o destino colocou o jovem Dumont no caminho das artes. Ele começou a atuar no teatro ainda no início dos anos de 1970. Em 1976 participou da montagem “O Sonho, Caso Especial”, de Gianfrancesco Guarnieri, o que lhe abriu as portas para o cinema e nunca mais parar. Já no ano seguinte estreou na tela grande, no filme “Morte e Vida Severina”, um musical de grande sucesso. No mesmo ano ainda apareceria em “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, longa de ficção que marcou também a estréia do diretor argentino Hector Babenco no Brasil. Seguiram-se a esse “Tudo Bem”, de Arnaldo Jabor; “Se Segura, Malandro!”, de Hugo Carvana; “Coronel Delmiro Gouveia”, de Geraldo Sarno; e “Amor Bandido”, de Bruno Barreto, entre muitos
outros.

“Gaijin – Os Caminhos da Liberdade”, dirigido por Tizuka Yamasaki, consolidou sua trajetória no cinema brasileiro. O filme recebeu cinco troféus Kikito no Festival de Gramado de 1980, incluindo o prêmio de melhor ator coadjuvante para José Dumont. No mesmo Festival de Gramado, no ano seguinte, Dumont novamente seria premiado – agora como melhor ator pelo migrante nordestino
que interpreta em “O Homem que Virou Suco”, de João Batista de Andrade, trabalho que também lhe garantiu o Candango no Festival de Brasília.

José Dumont, aliás, passou a colecionar vários prêmios desde então. Em 1985, durante o Festival de Havana, Cuba, foi escolhido como melhor ator por três filmes: “O Baiano Fantasma”, de Denoy de Oliveira; “Avaeté”, de Zelito Viana; e “Tigipió”, de Pedro Jorge de Castro. Outro Candago de melhor ator lhe foi concedido por seu trabalho em “A Hora da Estrela”, de Suzana Amaral. Em Brasília e Miami foi preiado por “Kenoma”, de Eliane Caffé – que mais tarde dirigiu “Narradores de Javé” e garantiu a Dumont prêmios nos festivais do Recife e Rio de Janeiro.

Lá se vão mais de três décadas e mais de 40 filmes na extensa carreira de José Dumont, todos com grande destaque: “A República dos Assassinos”, de Miguel Farias Jr.; “Brincando nos Campos do Senhor”, de Hector Babenco; “Os Trapalhões e o Mágico de Oróz” e “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”, ambos com a turma dos Trapalhões de Renato Aragão; “Policarpo Quaresma”, de Paulo Thiago; “Abril Despedaçado”, de Walter Salles. A lista parece interminável. Isso sem contar os inúmeros trabalhos na televisão, sejam eles novelas ou miniséries. E é certamente por isso que Dumont foi homenageado especial no Festival de Ceará em 2008. Um reconhecimento merecido por sua dedicação ao cenário audiovisual, o que o considou como um dos mais importantes atores do Cinema Brasileiro.

Trabalhos na TV

2018 Onde Nascem os Fortes
2017 Sob Pressão Valdo Cruz
2016 Velho Chico José Esteves ]
2015 I Love Paraisópolis Expedito Rufino
2014 Milagres de Jesus Job
2013 Dona Xepa
2012 O Milagre dos Pássaros
Fora de Controle
2010 Ribeirão do Tempo
2008 Os Mutantes: Caminhos do Coração
2007 Caminhos do Coração
Luz do Sol
2006 Cidadão Brasileiro
2005 América
1999 Terra Nostra
1997 Mandacaru
1995 Tocaia Grande
1993 Guerra sem Fim
1991 Amazônia
1990 A História de Ana Raio e Zé Trovão
Rosa dos Rumos
Pantanal
1988 Olho por Olho
1987 Carmem
1985 Grande Sertão: Veredas
De Quina pra Lua
1984 Corpo a Corpo
Padre CíceroMarcos Franco Rabelo
1983 Fernando da Gata
Bandidos da Falange
1982 Lampião e Maria Bonita
1981 Morte e Vida Severina
1979 Carga Pesada

Trabalhos no Cinema

Tungstênio (2017)
Era o Hotel Cambridge (2016)
Trash – A Esperança Vem do Lixo (2014), Carlos
A Hora e a Vez de Augusto Matraga (2011)
Veias e Vinhos – Uma História Brasileira (2006)
2 Filhos de Francisco (2005), Miranda
Cidade Baixa (2005), Sergipano
Árido Movie (2004), Zé Elétrico
Irmãos de Fé (2004)
O Último Raio de Sol (2004)
Olga (2004), Manuel
Onde Anda Você (2004)
As Tranças de Maria (2003), Oração
Maria, Mãe do Filho de Deus (2003)
Narradores de Javé (2003)
Abril Despedaçado (2001), Pai
Milagre em Juazeiro (1999)
Kenoma (1998)
O Primeiro Dia (1998)
Policarpo Quaresma, Herói do Brasil (1998)
Brincando nos Campos do Senhor (1991), Comandante Guzman
Mais Que a Terra (1990)
Minas-Texas (1989), Roy Pereira
Os Caminhos de Antônio Conselheiro (1987)
Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987)
Running Out of Luck (1987), Jogador de cartas na prisão
Tigipió – Uma Questão de Amor e Honra (1986), Heitor
Vento Sul (1986)
A Hora da Estrela (1985), Olímpico de Jesus
Avaeté – Semente da Vingança (1985)
Memórias do Cárcere (1984)
O Baiano Fantasma (1984), Lambusca
Os Trapalhões e o Mágico de Oróz (1984)
O Cangaceiro Trapalhão (1983)
Parahyba Mulher Macho (1983)
Lampião e Maria Bonita (1982)
Noites Paraguayas (1982)
O Sonho Não Acabou (1982), Astor
O Homem que Virou Suco (1981), Deraldo/Severino
Até a Última Gota (1980), Narração (voz)
Gaijin – Os Caminhos da Liberdade (1980), Ceará
J.S. Brown, o Último Herói (1980), Zé Maria
A República dos Assassinos (1979), Silveirinha
Amor Bandido (1978), Testemunha
Coronel Delmiro Gouveia (1978)
O Escolhido de Iemanjá (1978)
Se Segura, Malandro! (1978)
Tudo Bem (1978), Piauí
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), Prisioner
Morte e Vida Severina (1977

Premiações

Troféu Candango, do Festival de Brasília
1998: Melhor ator, por Kenoma
1985: Melhor ator, por A hora da estrela
1980: Melhor ator, por O homem que virou suco
Kikito de Ouro, do Festival de Gramado
1984: Melhor ator, por O baiano fantasma
1981: Melhor ator, por O homem que virou suco
1980: Melhor ator, por Gaijin — os caminhos da liberdade
Festival de Havana
1980: Melhor ator, por O baiano fantasma
Festival do Cinema Brasileiro de Miami
1999: Melhor ator, por Kenoma
Troféu APCA
1999: Melhor ator, por Kenoma
Grande Prêmio Cinema Brasil
2007: Melhor ator coadjuvante – 2 Filhos de Francisco
Festival de Miami
1999: Melhor ator coadjuvante – Kenoma
Recife Cine PE
2003: Melhor ator – Narradores de Javé
Troféu APCA
1980: Melhor revelação – Plantão de Polícia