A agência espacial americana (Nasa) anunciou nesta segunda-feira (20) que identificou regiões específicas nos polos da Lua que comprovam “definitivamente” a existência de gelo na superfície.
“Nas partes mais escuras e frias dos polos da Lua, depósitos de gelo foram encontrados. No polo sul, a maior parte do gelo está concentrada nas crateras lunares, enquanto no polo norte o gelo é mais vasto, e mais espalhado”, escreveu a Nasa em anúncio no Twitter.
De acordo com a agência espacial, esses depósitos de gelo foram observados por uma equipe de cientistas e estão distribuídos de forma irregular. Há também a chance de serem antigos no satélite terrestre.
A equipe de pesquisadores foi liderada por Shuai Li, da Universidade do Havaí e da Brown University, e também contou com Richard Elphic, do Vale do Silício, na Califórnia. Os dados foram coletados com a ajuda da missão espacial não-tripulada Chandrayaan-1, nave enviada em 2008 pela Agência Espacial Indiana.
A Chandrayaan-1 carregava o Moon Mineralogy Mapper (M3), instrumento da Nasa capaz captar além das capacidades de reflexão da água: ele também mede diretamente como as moléculas absorvem a luz infravermelha, o que diferencia o líquido, do vapor e do gelo.
A maior parte do gelo está localizada entre as crateras dos polos, onde as temperaturas não passam dos – 150ºC. Devido à inclinação da Lua, a luz solar nunca atinge essa parte da superfície. Observações anteriores já haviam encontrado possíveis sinais de gelo no satélite, mas sem comprovação.
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