Nem os festejos de final de ano afastaram os pacientes dos 26 municípios da região de Jequié da recém-inaugurada Policlínica Regional de Saúde (22 de dezembro). Neste primeiro mês, foram mais de 1000 atendimentos entre consultas e exames como tomografias, eletrocardiogramas, dentre outros. A unidade, que integra o Consórcio Público Interfederativo de Saúde da região, chegou para suprir a falta de procedimentos que não eram ofertados na rede pública, a exemplo da colposcopia, que permite detectar precocemente o câncer de colo do útero, e a histeroscopia, que permite o diagnóstico de patologias intrauterinas. Neste período, os atendimentos foram nas especialidades de cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia/obstetrícia, urologia, pneumologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia e cirurgia geral.
A diretora da Policlínica, Ignês Lopes, destaca que a Policlínica está alcançando pessoas que não tinham acesso às consultas e exames com especialistas, seja por questões financeiras ou de logística. “Muitos pacientes da zona rural estão tendo a oportunidade de acessar esses profissionais devido à disponibilidade de micro-ônibus que os transporta na ida e na volta ao município”, afirma Lopes. O pedreiro Ivon dos Santos Tavares, 55 anos, do município de Itiruçu, que realizou uma tomografia nesta quinta-feira (25), contou que está muito satisfeito com o atendimento, “desde o motorista do ônibus, que pegou a gente no nosso município, até o atendimento aqui na Policlínica, foi tudo nota 1000”, concluiu o paciente”. A diretora pontuou ainda que a demanda para o atendimento de crianças foi grande, com destaque para as especialidades de endocrinologia e oftalmologia.
Como funciona a Policlínica Regional
As policlínicas são resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e os municípios formados pelos Consórcios Públicos de Saúde. Nelas não serão atendidas urgências e emergências e nem qualquer tipo de demanda espontânea. O Governo do Estado investe na construção e aquisições de equipamentos e micro-ônibus, que no caso específico de Jequié foram R$ 22 milhões. Além disso, o Estado é responsável pelo custeio de 40% do gasto mensal e os outros 60% são divididos entre os municípios consorciados de acordo com o número de habitantes.
O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, explica que o paciente encaminhado para a policlínica permanecerá em acompanhamento com a equipe de Atenção Básica do município onde mora. “O objetivo é levar atendimento especializado e exames de alta complexidade ao interior, evitando, com isso, que os pacientes se desloquem para os grandes centros urbanos em busca desses serviços”, destaca. Além de Jequié, participam do consórcio: Aiquara, Apuarema, Barra do Rocha, Boa Nova, Brejões, Cravolândia, Dario Meira, Ibirataia, Ipiaú, Irajuba, Iramaia, Itagi, Itagibá, Itamari, Itaquara, Ituruçu, Jaguaquara, Jequié, Jitaúna, Lafaiete Coutinho, Lajedo do Tabocal, Manoel Vitorino, Maracás, Nova Itarana, Planaltino, Santa Inês, Ubatã.
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