Mesmo com chuva em São Paulo, a 14ª Marcha da Consciência Negra, na avenida Paulista, concentrou centenas de pessoas sob o vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Jovens e adultos, artistas, membros de partidos políticos, movimentos sociais e do ativismo negro, se reuniram sob o prédio do museu no início da tarde dessa segunda-feira (20), dia da Consciência Negra.
As críticas ao que os manifestantes chamam de “genocídio do povo negro” foram destaque dos discursos, como do cantor Seu Jorge. “Eu não suporto mais a ideia de que nosso País é racista. Amo o povo brasileiro, mas a partir de agora eu estou com minha gente. Não aguento mais ver notícia de negros mortos”, disse.
Pintadas com “motivos do nosso povo ancestral”, as cunhadas Fernanda e Cibele Benicio, de 25 anos, foram pela primeira vez ao ato e receberam a atenção de fotógrafos. “O mais importante de vir aqui hoje é interagir com gente igual a mim”, disse a psicóloga Cibele. “Onde a gente mora [Itaquera], há bastante negros, mas o pessoal não se reúne, não se assume”, afirmou.
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