Resposta sobre venda de autotestes deve sair no menor tempo possível, diz Anvisa


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu do Ministério da Saúde (MS) informações sobre política pública para implementação dos autotestes de diagnóstico de covid-19. As informações, de acordo com o ministério, foram encaminhadas à agência reguladora nesta terça-feira (25) à noite.

A agência confirmou o recebimento e disse que vai analisar as informações, mas não há prazo para resposta. Acrescentou, no entanto, que a deliberação sobre venda de autotestes deve sair no menor tempo possível.

A liberação de autotestes foi solicitada à Anvisa no dia 13 de janeiro. Na semana passada, a agência adiou a decisão e solicitou informações sobre como os testes seriam usados por pacientes leigos e como será feita a notificação dos resultados à Rede Nacional de Dados em Saúde do governo federal. Portaria do ministério determina que notificações de casos de covid-19 são compulsórias.

O ministério argumenta que a liberação dos testes vai ajudar no diagnóstico e tratamento da doença e que, se liberados, os autotestes devem integrar o Plano Nacional de Expansão da Testagem (PNE-Teste) para Covid-19.

“Se aprovada, medida será mais um eixo de apoio ao diagnóstico e monitoramento da situação epidemiológica do país. A orientação ao público sobre manuseio dos testes, conduta do usuário após o resultado e notificação do diagnóstico serão incluídos na nova edição do PNE-Teste”, informou o MS.

Nesta quarta-feira (26), a Anvisa determinou o recolhimento de mais um autoteste de covid-19 – o meuDNA PCR-LAMP Autocoleta de Saliva, da empresa Empreendimentos Pague Menos S/A. Ontem (25), a agência suspendeu a comercialização distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso do Autoteste Covid-19 Isa Lab.

Em nota, a Anvisa informou que, “até o momento, não existe nenhum produto aprovado como autoteste, ou seja, para uso por usuários leigos”.

Hospital dos EUA nega transplante de coração a paciente que recusou vacina contra Covid


Um hospital de Boston, nos Estados Unidos, negou um transplante de coração a um paciente que se recusou a se imunizar contra a Covid-19. De acordo com o jornal O Globo, o próprio hospital e um especialista justificaram que o homem teria menos chances de sobreviver à operação por não ter se vacinado.

Hospitalizado desde o final de novembro de 2021, segundo publicado na BBC, DJ Ferguson, de 31 anos, sofre de um problema cardíaco hereditário, que faz com que o pulmão se encha de sangue e fluido. Por meio da plataforma de vaquinha online, GoFundMe, a família do rapaz afirma que ele precisa urgentemente do transplante.

Segundo declarou seu pai, David Ferguson, em entrevista à emissora CBS, o homem que é pai de dois filhos e aguarda um terceiro se recusou a tomar a vacina “por ser contra seus princípios”. A idealizadora da vaquinha para o tratamento, que se apresenta como amiga da família, disse à BBC, no entanto, que ele não se imunizou por estar preocupado em sofrer inflamação cardíaca. Este efeito colateral é apontado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA como raro e temporário.

Covid-19 volta a liderar causas de morte no Brasil


O aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas também impactou no número de mortes registradas no país, fazendo com que o novo coronavírus voltasse a ser a principal causa de óbitos no Brasil. De acordo com apuração do Uol, isso não ocorria desde a semana entre 10 e 16 de outubro de 2020.

Tendo como base dados dos cartórios de registro civil, o site verificou que a semana de 16 a 22 de janeiro teve registradas, até esta terça (25), 1.976 declarações de óbito com a Covid como causa. O número supera em 53% as mortes por AVC, que lideraram o ranking entre fim de outubro do ano passado e início de janeiro de 2021.

Ainda segundo a publicação, o total de mortes por Covid não ultrapassava 50% das outras principais causas desde a primeira semana completa de setembro de 2021, compreendida entre os dias 55 e 11.

Disponíveis no no portal da transparência da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), os dados ainda são parciais, já que o prazo para incluir informações na plataforma é de 15 dias.

A reportagem destaca que os cálculos têm como base a data oficial do óbito, e não as datas em que as mortes foram registradas pelo poder público, como contabilizam do Ministério da Saúde e do consórcio de imprensa.

Ainda segundo o site, o número de óbitos diários registrados nos cartórios vem crescendo, atingindo em média o triplo do que havia no fim de 2021. Segundo os dados da Arpen, os números aumentaram de 105, em 31 de dezembro do ano passado, para 293 em 20 de janeiro de 2022. Vale ressaltar que a tendência é o dado aumentar com as novas inserções no sistema.

Boletim epidemiologico de Poções – (25/01/2022)


Poções registrou, até esta segunda-feira (24/01), o total de 4691 casos confirmados da Covid-19. Destes, 4264 estão recuperados e 347 continuam em recuperação.
No momento, são investigados outros 60 casos notificados como suspeitos.
Desde o início da pandemia, foram registradas 80 mortes por complicações causadas pela doença no município.
Esclarecemos que na data de hoje (24/01), pela manhã, uma mulher de 62 anos foi a óbito vítima da doença na UPA 24H do município. A mesma não havia recebido nenhuma das doses da vacina. Frisamos ainda que a paciente era residente de Goiânia (GO), e estava em Poções na casa de familiares. Por esse motivo, seguindo os protocolos legais, o óbito em questão não é contabilizado no boletim como sendo do município.

Considerada a mais velha do Brasil, idosa morre com 116 anos na Bahia


A baiana Antônia Santa Cruz, considerada a mulher mais velha do Brasil, segundo o grupo de pesquisa Gerontology Research Group (GRG), morreu no último domingo (23). Com 116 anos e 217 dias, segundo o portal Calila Notícias, Antônia morreu por causas naturais, no distrito de Salgadália, pertencente ao município de Conceição do Coité. Na família de Antônia, a longevidade é praticamente regra. Ela deixa uma irmã de 107 anos. Seu irmão caçula morreu há pouco mais de um ano, depois de completar 100 anos. O ranking de idosos mais velhos do mundo foi feito em junho de 2021. Quando foi publicado, Antônia ocupava o primeiro lugar na Bahia, segundo no Brasil e quarto no mundo. Porém, em outubro do ano passado, a cearense Francisca Celsa faleceu também aos 116 anos.

Covid-19: Brasil registra 259 mortes e 83,3 mil novos casos


O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 623.356. Em 24 horas, foram registradas 259 mortes. Segundo os números publicados pelo Ministério da Saúde na noite de hoje (24), 83.340 novos casos de covid-19 foram diagnosticados em 24 horas. O país soma 24.127.595 ocorrências da doença desde o início da pandemia.

O informe sobre a variante Ômicron registrou 1.563 diagnósticos positivos. Outros 1.079 casos são investigados. Já foram apurados dois óbitos em decorrência da Ômicron no Brasil, outros dois estão sob avaliação das autoridades de saúde.

Há ainda 3.071 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Os óbitos pela síndrome somam 149 nos últimos três dias

O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 90,5% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96,2% em dezembro, antes da chegada da Ômicron ao Brasil.

Seleção Brasileira inicia preparação para jogo contra Equador


A seleção brasileira já começou a trabalhar em Quito (Equador) para o jogo da próxima quinta-feira (27) contra a equipe da casa pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.

Ainda sem grande parte dos convocados, Everton Ribeiro e Gabriel Barbosa, ambos do Flamengo, realizaram um trabalho na academia. A expectativa é que o restante da equipe chegue ainda nesta segunda.

O Brasil mede forças com o Equador, na próxima quinta, a partir das 18h (horário de Brasília), no estádio Casa Blanca, pela 15ª rodada da competição. Na sequência, a Amarelinha viaja até Belo Horizonte, onde enfrenta o Paraguai no dia 1 de fevereiro.

Procon-BA deflagra segunda etapa da operação ‘Volta às Aulas 2022’


A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) deflagrou, na segunda-feira (24), a segunda etapa da Operação Volta às Aulas 2022, com o objetivo de fiscalizar livrarias e papelarias que comercializam os materiais escolares. A ação visa evitar as vendas casadas, oferta de produtos com prazo de validade vencido, falta de informação e ausência do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A segunda fase da operação ocorre depois que o Procon-BA visitou 56 unidades escolares em Salvador para fiscalizar a lista de materiais escolares, o plano de execução didático-pedagógico e a tabela de custos apresentados pelas escolas.

O objetivo do órgão da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) é apurar a possível presença de produtos indevidos nas listas apresentadas ao consumidor; conhecer detalhadamente a aplicação e destinação dos produtos; quantidade dos materiais escolares solicitados pela escola; e obter as justificativas dos eventuais reajustes das mensalidades escolares.

Em algumas unidades escolares, o Procon-BA solicitou documentação para avaliação. As escolas têm o prazo de cinco dias para apresentarem a documentação requisitada pelo órgão de defesa do consumidor baiano. Os fornecedores autuados responderão a um processo administrativo, respeitada a ampla defesa e o contraditório, podendo sofrer multas e sanções, conforme as regras estabelecidas no CDC.

Os consumidores podem realizar denúncias nos canais digitais do Procon-BA. As denúncias ao órgão podem ser encaminhadas através do Aplicativo PROCON BA MOBILE ou por e-mail: [email protected].

Netflix estreia série sobre a carreira de Neymar nesta terça-feira (25)


Os três episódios da minissérie sobre o craque brasileiro Neymar Júnior já estão disponíveis na Netflix. O streaming de filmes e séries estreou “Neymar: O Caos Perfeito” nesta terça-feira (25).

A série documentário acompanha a história do camisa 10 desde o seu início no Santos até sua ascensão, passando pelas suas desavenças familiares, como seu pai, e na própria seleção brasileira até sua vida atual no Paris Saint-Germain (PSG). Craques como Messi, Suárez, Mbappe e Beckham também participaram das gravações.

Apesar do streamer Casimiro ter recebido a aprovação do próprio Neymar e da plataforma para transmitir em live o primeiro episódio, nesta segunda-feira (24), em primeira mão, em seu canal, todo o material pode ser visto apenas no Netflix.

Processo criminal da tragédia em Brumadinho pode voltar à estaca zero


Passados exatos três anos da tragédia em Brumadinho (MG), a tramitação do processo criminal pode voltar à estaca zero depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou, mais de uma vez, que a Justiça estadual não tem competência para analisar o caso.

O processo seria assim federalizado, o que ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Se a decisão for mantida, atos processuais já realizados serão anulados.

A Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (Avabrum) tem manifestado receio de que ninguém seja responsabilizado pelo rompimento da barragem. Nesta segunda-feira (24), Brumadinho assistiu uma carreata por justiça e contra a impunidade. Hoje (25), às 11h, ocorre, na entrada da cidade, um ato em memória dos parentes de pessoas que morreram na tragédia.

site da entidade mantém no ar uma nota contra a posição do STJ. “O crime aconteceu aqui em terras mineiras e não há motivo para a federalização do processo. Os responsáveis por esse crime odioso querem escolher quem vai julgá-los e isso é inaceitável. Não cabe ao réu escolher o foro de seu julgamento”, diz o texto divulgado pela Avabrum.

A tragédia de Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019, quando a ruptura de uma barragem da mineradora Vale deixou 270 mortos e provocou degradação ambiental em diversos municípios mineiros. A Avabrum contabiliza 272 óbitos levando em conta os bebês de duas mulheres que estavam grávidas.

Histórico

O processo que tramitava na Justiça estadual teve início em fevereiro de 2020, quando foi aceita a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Foram responsabilizadas 16 pessoas, sendo 11 funcionários da Vale e cinco da Tüv Süd, consultoria alemã que assinou o laudo de estabilidade da estrutura que se rompeu. Tornadas réus, elas respondiam por homicídio doloso e diferentes crimes ambientais. As duas empresas também eram julgadas.

Diante da complexidade do caso, a tramitação do processo seguia um ritmo lento. Apenas em setembro do ano passado havia sido finalmente aberto prazo para que os réus apresentassem suas defesas. Como a denúncia é extensa, a juíza Renata Nascimento Borges deu a eles 90 dias. Ela também havia concordado que os espólios de 36 vítimas atuassem como assistentes da acusação do MPMG.

No entanto, após um ano e oito meses de tramitação, esse processo perdeu a validade em outubro em 2021, quando os cinco integrantes da sexta turma do STJ entenderam, de forma unânime, que o caso não é da competência da Justiça estadual.

Eles consideraram que o julgamento deveria ser federalizado por envolver acusação de declarações falsas prestadas à órgão federal, descumprimento da Política Nacional de Barragens e por possíveis danos a sítios arqueológicos, que são patrimônios da União.

O julgamento no STJ se deu a partir de um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, que era um dos réus. A tese de incompetênca da Justiça estadual foi aceita mesmo sob discordância do Ministério Público Federal (MPF), que se alinhou ao entendimento do MPMG.

“Não há descrição de crime federal, não há crime federal, não há bem jurídico da União atingido aqui na denúncia”, disse no julgamento a subprocuradora-geral da República, Luiza Frischeisen.

O mesmo STJ já havia, em junho de 2020, julgado um conflito de competência e mantido o processo na esfera estadual. Na época, os integrantes da terceira sessão negaram, por sete votos a um, outro pedido que havia sido formulado pela defesa de Fábio Schvartsman.

Entre os ministros que participaram de ambos os julgamentos, dois mudaram de opinião: Laurita Vaz e Rogerio Schietti Cruz, que votaram em 2020 por manter o caso na Justiça estadual, concordaram no ano passado em remetê-lo à Justiça federal.

O MPMG ainda tenta reverter a decisão, mas seu primeiro movimento não foi bem sucedido, já que o STJ não reconsiderou seu posicionamento e confirmou a federalização do caso. Diante da situação, foi apresentado recurso ao STF, que ainda não marcou data para analisar a questão.

Para o procurador-geral de Justiça do MPMG, Jarbas Soares Júnior, houve uma inversão de papéis. “Não houve um conflito de competência entre os juízos e o MPF não reivindicou a sua atribuição. O advogado do réu é que está dizendo que teria crimes federais”, disse ele à Agência Brasil.

Caso a federalização seja confirmada, o MPMG ficaria sem poder atuar no caso. Essa papel agora caberia ao MPF e o processo recomeçaria do zero. Os acusados na esfera estadual perderiam a condição de réus e uma nova denúncia precisaria ser apresentada.

Segundo Jarbas Soares Júnior, o MPF teria autonomia de atuação e não existe nenhum acordo para que o trabalho já realizado seja reaproveitado, embora acredite ser possível que isso aconteça.

Procurado pela Agência Brasil, o MPF respondeu em nota que não irá se pronunciar enquanto a questão estiver sub judice e não houver uma decisão definitiva. “Os autos nem vieram ainda para a Justiça Federal porque a própria juíza estadual proferiu decisão no sentido de que só os remeterá após o julgamento dos recursos”, registra o texto.

Atraso

Além de lamentar o atraso no processo causado por essa situação, os atingidos também temem que o caso tenha, na Justiça federal, o mesmo tratamento do processo envolvendo a tragédia em Mariana (MG) ocorrido em novembro de 2015.

No episódio, o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco deixou 19 mortos, destruiu comunidades e causou impactos socioeconômicos e ambientais em dezenas de municípios da bacia do Rio Doce.

Passados sete anos, ninguém foi condenado. A maioria dos 22 denunciados pelo MPF foram excluídos do processo por decisão judicial e apenas sete nomes ainda figuram como réus. Nenhum deles, no entanto, responde mais pelos crimes de homicídio e lesões corporais. O julgamento prossegue apenas para os crimes de inundação qualificada e desabamento tipificados no Código Penal e por mais 12 crimes previstos no Código Ambiental.