Os Correios registraram o maior prejuízo da história da estatal para o período de janeiro a setembro, acumulando um rombo de R$ 2 bilhões. Caso a tendência persista, o deficit pode superar o recorde de 2015, de R$ 2,1 bilhões, registrado durante o governo Dilma Rousseff (PT). O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, de 47 anos, é advogado e foi indicado ao cargo pelo coletivo Prerrogativas, grupo de advogados alinhados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para conter a deterioração financeira, os Correios decretaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024. A medida, informada em 11 de outubro, foi divulgada em documento sigiloso. Segundo a estatal, a ação busca evitar o risco de insolvência e restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro. “É preciso recompor o saldo orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”, informou o documento. Apesar da crise financeira, os Correios abriram concurso público para contratar 3.511 novos funcionários, com salários que variam de R$ 2.429,26 a R$ 6.872,48. A estatal afirmou que as provas do certame serão mantidas e que não houve rompimento de contratos nem demissões até o momento.