Proposta de corte de R$ 1,7 bilhão inviabiliza realização do Censo 2021, diz IBGE


Foto: Divulgação

O corte de R$ 1,7 bilhão dos recursos previstos para a realização do Censo Demográfico inviabiliza a operação do Censo 2021. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento.

A redução foi proposta pelo relator-geral do Orçamento 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), neste domingo (21). Segundo o G1, o IBGE afirma que a proposta original encaminhada ao Congresso Nacional, apresentada pelo poder Executivo em 2020, previa R$ 2 bilhões.

Com alterações feitas por Bittar, o novo valor é de R$ 300 mil. “O país necessita das informações geradas pelo Censo, que são essenciais para subsidiar políticas públicas em diversas áreas, especialmente em um contexto de pandemia, onde esses dados são estratégicos para o avanço da vacinação e para o planejamento de infraestrutura em saúde”, reclamou o IBGE, que espera que a Comissão Mista de Orçamento auxilie na próxima votação para reverter o cenário.

A reunião da Comissão deve ser feita nesta semana, e o texto pode ser votado pelo Congresso ainda nesta quarta-feira (24).

O trabalho de campo do Censo 2021 deve ser iniciado em agosto. Ao todo, foram abertas 204.307 vagas temporárias, por meio de concurso, para a realização do levantamento. Os agentes censitários devem ser contratados em julho, enquanto recenseadores serão anunciados em julho.

Pelo planejamento do órgão, cerca de 213 milhões de habitantes serão visitados de agosto até outubro pelos recenseadores nos 5.570 municípios do país. “Além de um modelo misto de coleta (presencial, telefone e online) e tecnologia de fronteira de supervisão e monitoramento, os profissionais envolvidos no Censo observarão, em todas as etapas da operação, rígidos protocolos de saúde e segurança adotados pelo IBGE, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as melhoras práticas de prevenção e combate ao Covid-19”, informou o IBGE.