Um caminhão carregado com verduras tombou em um trecho da Serra do Marçal na tarde desta segunda-feira (3), na BA-263, em Vitória da Conquista. Segundo a Companhia Independente de Policiamento Rodoviário (CIPRv) de Brumado, três pessoas tiveram ferimentos leves ao pular do veículo antes mesmo dele descer a serra. Ainda não se sabe o que provocou o acidente. Agentes da CIPRv estiveram no local. Parte da carga de verduras se espalhou pela pista e na mata.
O número de mortos por causa da chuva na Bahia subiu para 26 na segunda-feira (3). Os dados foram divulgados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), que contabiliza 93.646 pessoas desabrigadas ou desalojadas. O número de desabrigados – que são as pessoas que perderam seus imóveis e precisam de apoio do poder público — está em 30.915. Já o total de desalojados — que são as pessoas que também perderam os imóveis, mas foram alocadas em casas de familiares — está em 62.731. A Sudec detalhou a 26ª vítima é um homem de 39 anos, que se afogou no povoado do Sabiá, na zona rural do município de Belo Campo. Ao todo, 715.634 pessoas foram afetadas pela chuva e 518 ficaram feridas. Na segunda, 154 cidades estão sob decreto de situação de emergência.
Desembarcaram em Ilhéus na tarde de segunda-feira (03), mais 23 médicos do programa Mais Médicos para auxiliar as vítimas das enchentes que atingiram o estado em dezembro. De acordo com o secretário de Atenção Primária, Rafael Câmara, 11 profissionais já estão em atuação na Bahia e que até o próximo dia 10, mais 70 médicos podem chegar ao estado. “Se houver necessidade, conseguimos fazer editais emergenciais e conseguir mais médicos”, afirmou em coletiva de imprensa. A secretária de Saúde do estado, Tereza Paim, informou que havia solicitado 99 médicos, mas que lhe foi informado, que neste momento, só foi possível o envio de 23 profissionais. Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, da Cidadania, João Roma, e da Mulher, Damares Alves, também acompanharam a chegada da equipe médica. João Roma ainda falou sobre o repasse de R$700 milhões para todos os estados afetados pelas chuvas, mas não informou o valor exato que será passado para Bahia. “Será o valor necessário para fazer o acolhimento dessas pessoas”, disse em coletiva.
O boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na noite deste domingo (2), aponta que, nas últimas 24 horas, foram registrados 126 novos casos de Covid-19 e 3 óbitos pela doença.
Dos 1.271.155 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.241.836 já são considerados recuperados, 1.809 encontram-se ativos e 27.510 tiveram óbito confirmado.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.687.868 casos descartados e 262.386 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo.
Vacinação
Até o momento temos 10.722.874 pessoas vacinadas com a primeira dose, 261.199 com a dose única, 8.834.580 com a segunda dose e 1.367.812 com a dose de reforço.
Ainda como consequência das fortes chuvas que têm provocado prejuízos no sul e sudeste baiano, quatro trechos de rodoviais federais no estado estão interditadas na manhã desta segunda-feira (3). As informações são do boletim divulgado às 5h50, pela Polícia Rodoviária Federal na Bahia (PRF-BA).
No Km 781, na BR 030, próximo a Dário Meira, há uma interdição total após a pista ceder. Segundo a PRF, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) encontra-se no local.
No Km 866, na BR 330, em Ubatã, há interdição parcial, por causa de um afundamento da pista. Apesar da limitação, a pista está liberada parcialmente para todo tipo de veículo.
Já no Km 314, na BR 101, em Tancredo Neves, há interdição parcial por conta de desmoronamento de acostamento. Na altura do Km 351, na mesma rodovia, em Teolândia, também ocorre uma interdição parcial por causa de desabamento do acostamento.
Diante do agravamento da chuva de dezembro, que já causa estragos em mais de 70 Municípios do sul e sudeste da Bahia, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) cobrou da União o reconhecimento sumário de todos os decretos municipais de calamidade no Estado baiano. A entidade encaminhou ofício ao Ministério de Desenvolvimento Regional, responsável pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
A CNM aguarda o reconhecimento em rito sumário (urgente e sem burocracia) dos decretos municipais de calamidade, o que permitirá aos Municípios afetados o direito legal de solicitar recursos financeiros para ações de reabilitação e reconstrução das áreas atingidas. Em solidariedade aos Municípios baianos e em apoio à União dos Municípios da Bahia (UPB) e as microrregionais do Estado, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, e toda a diretoria da entidade reúnem esforços para ajudar as gestões locais.
“O apoio da União é um direito de todos os Municípios e da população. É urgente o reconhecimento federal da situação de calamidade e o envio de recursos para que os prefeitos consigam socorrer seus cidadãos”, afirma Ziulkoski.
De acordo com a Lei 12.608/2012, que rege o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), nos casos de desastres naturais, é dever da União e dos Estados apoiar os Municípios nas ações de enfrentamento à situação de calamidade e de buscas, socorro e assistência humanitária, monitoramento, prevenção, recuperação e reconstrução.
Balanço
A Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec/BA) informou à Confederação que, até o início da tarde de 27 de dezembro, havia 16 mil pessoas desabrigadas, 19 mil estavam desalojadas e 18 perderam suas vidas, além de mais de 430 mil pessoas afetadas. Por ora, 72 Municípios decretaram Situação de Emergência que foram reconhecidas pelo governo estadual, porém, ainda não por parte da União.
Ações das prefeituras
As prefeituras dos Municípios afetados já decretaram situação de emergência e criaram seus gabinetes de crise, com objetivo de intensificar os trabalhos de resposta e avaliação dos danos e prejuízos causados. A CNM está à disposição dos Municípios afetados e tem auxiliado os gestores na decretação de situação de emergência e na orientação para entrega de toda documentação necessária exigida pela legislação do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).
Essa documentação deve ser entregue por meio do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres (S2ID), que é coordenado pela Sedec/MDR para solicitação de apoio técnico e financeiro ao governo federal para ações de reabilitação e reconstrução das áreas afetadas pelo desastre.
A Central Única das Favelas (Cufa) e a Frente Nacional Antirracista (FNA) arrecadaram R$ 5 milhões em donativos para auxiliar as vítimas das enchentes na Bahia. A ação recolheu itens como alimentos não perecíveis, água, roupas e materiais de higiene e limpeza).
As enchentes na Bahia atingiram 661.508 pessoas, com 25 mortos e 517 feridos. Apesar de os números apresentarem uma redução, ainda existem 32.594 desabrigados e 57.451 desalojados. Voluntários da Cufa e FNA enviaram 120 mil cestas básicas aos 153 municípios baianos afetados.
Presidente da Cufa, o escritor, produtor cultural e empreendedor Preto Zezé afirmou que o desastre ambiental na Bahia poderia ter acontecido em qualquer lugar.“Vamos ajudar a quem precisa. O povo da Bahia está precisando de ajuda, e estamos com eles”, disse o presidente nacional da Cufa.
Internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na manhã desta segunda-feira (3), após um período de férias no litoral catarinense, o presidente Jair Bolsonaro sofre de intoxicação alimentar agravada pelo histórico de cirurgias realizadas após facada sofrida em 2018. A informação é da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Bolsonaro será assistido pelo médico Antônio Luiz Macedo, que o operou anteriormente. O profissional, entretanto, está nas Bahamas e deve retornar ao país ainda nesta segunda para atender o presidente.
Informações preliminares dão conta ainda de que o chefe do Executivo esteja com uma nova obstrução intestinal.
A variante Ômicron do SARS-CoV-2 pode já ser o vírus de mais rápida propagação de toda a história. A informação foi dada pelo médico infectologista norte-americano, Roby Bhattacharyya, do Hospital Geral de Massachusetts. A nova cepa é dominante em várias nações do mundo e está levando à explosão do número de casos de covid-19.
O médico e pesquisador fez um cálculo entre a Ômicron e o sarampo, um dos vírus mais contagiosos. Ele concluiu que, num cenário de ausência de vacinação, um caso de sarampo daria origem a mais 15 casos em apenas 12 dias. Já um caso de Ômicron daria origem a 216 casos no mesmo período. A estimativa significa que, em 35 dias, a Ômicron poderia atingir 280 mil pessoas, enquanto o sarampo afetaria 2.700.
