Morre aos 72 anos Orival Pessini, criador do Fofão


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Morreu na madrugada desta sexta-feira, 14, Orival Pessini, criador de personagens como Fofão e Patropi. O ator, de 72 anos, lutava contra um câncer no fígado e no baço. Ele estava internado desde segunda-feira, 11, no Hospital do Morumbi, em São Paulo. A notícia foi confirmada por Álvaro Gomes, empresário do humorista. O velório acontecerá no Cemitério Gethsêmani. Pessini era divorciado, deixa um filho e três netas. O ator começou a carreira no teatro amador e estreou na TV em 1963 no programa infantil “Quem conta um conto”, da TV Tupi.  Pessini foi contratado pela Globo na década de 1970, onde fez sucesso em  “Planeta dos Homens” com os personagens Sócrates e Charles.

Depois, criou Fofão, o alienígena bochechudo que marcou a infância de muita gente nos anos 1980.  A primeira vez que o personagem apareceu foi em 1983 no “Balão mágico”, da Globo. Com o fim da atração, em 1986, Pessini foi para a Band, onde “TV Fofão” ganhou uma edição diária.E foi na Band que ele inventou outro sucesso: Patropi. O hippie surgiu em 1988 no “Praça Brasil”, mas também integrou o elenco da “A praça é nossa” (SBT) e da “Escolinha do Professor Raimundo” (Globo) e da “Escolinha do Barulho” (Record).

Em 2013, em entrevista ao site, Pessini relembrou o início na TV.- Inspirado em Chico Anysio, que interpretava vários personagens com o advento do videotape, eu quis fazer o mesmo no teatro amador. Comecei a fazer as máscaras antes de entrar para a TV.  A Globo ia lançar o programa “Planeta dos homens” (1976), uma sátira ao “Planeta dos macacos”. Fúlvio Stefanini me indicou, fiz uma máscara de macaco e fui mostrar para o Boni em 1975. Criei o personagem Sócrates, que foi um sucesso na época.  Quando terminou, Boni pediu que eu criasse um personagem infantil. Não queria nem ver o piloto, o que eu criasse iria para o ar direto. Na época, o filme “E.T.” fazia um baita sucesso. Pensei: vou criar um extraterrestre que é uma mistura de urso, cachorro, porquinho, palhaço e gente. Daí, nasceu o Fofão. Nos últimos anos, ele se apresentava com a peça “Eles sou eu”, na qual interpretava sete personagens diferentes.